quarta-feira, 15 de março de 2017

Acertos com sabor de saudades

Bom, vocês se lembram quando eu disse que queria ensinar a meus filhos o gosto por viagens e culturas diferentes?
Pois é. Com o primeiro eu consegui.
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Guilherme, aos 5 meses
O Guilherme, assim que fez 18 anos, decidiu ir para Londres e viajou no dia 13 de junho.
Entrei em contato com um amigo, o John, que conseguiu um trabalho para ele.
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Thanks John. You’re so special!
Já a Meire se ocupou de lhe dar as boas vindas e assessoria em seus primeiros dias. Foi ela quem o ensinou a andar de metrô, quem foi com ele conhecer a nova casa, quem lhe apresentou aos supermercados mais baratos, quem lhe ajudou a comprar o chip de celular e abrir a sua primeira conta em banco, entre tantas outras coisas.
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Meire, sem você por perto, meu coração teria ficado ainda mais apertado. Obrigado por adotar meu filhote.
Acho que o lado ruim – para ele – é ter que fazer tudo sozinho. Lavar, cozinhar, passar, se preocupar com o dinheiro do aluguel, que é cobrado em semanas, a gestir o dinheiro para que de até o final da próxima semana.
Por outro lado é uma bagagem enorme e uma grande experiência de vida. Lá ele deixou de ser “o filho da Cris” e passou a ser o Guilherme. E acho que isto é ótimo para ele, pois agora ele tem uma identidade própria completamente desvinculada de mim.
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E olha ele ali no seu primeiro dia em Londres.
Ele trabalha em um Centro de Convenções e em apenas 3 meses já é capaz de executar várias tarefas. Confesso que aqui em casa ele não era muito adepto a executar nem mesmo uma. Lá ele trabalha de 10 a 12 horas por dia e gosta muito do que faz. Pela primeira vez o vejo fazer planos concretos para o futuro.
(O melhor de tudo? É  que Londres é bem ali e, se comprar a passagem com antecedência chega a custar 30€ ida e volta, então logo logo eu vou lá e conto para vocês a impressão que tive.)
Sei que tenho muito orgulho do homem no qual ele se transformou. Devo admitir que é muito mais interessante que o adolescente mal criado que tinha em casa. Acho que adolescente é ser de outro planeta, mas disto a gente fala um outro dia.
Mas a verdade é que mãe é tudo igual. E embora eu o tenha sempre criado para o mundo, meu coração sofre igualzinho ao das mães que criam filhos para si.
Eu sempre o ensinei a ser independente, a ser forte, a ser curioso. Ensinei o gosto por viagens e culturas – e ele agora fala 3 línguas, que orgulho! Mas desde o momento em que ele partiu para fazer exatamente o que eu desejei, meu coração sofre com a sua ausência.
Haja paciência para entender as mães!
Baci nel cuore
Cris Faga

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