segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Esse caiu como uma luva

Palestra, ministrada pelo renomado psiquiatra Içami Tiba. O assunto é de interesse nosso: educação de filhos. Guarde este texto e estes ensinamentos. Com certeza, serão bastante úteis para você.

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar alguém com internet, som, tv, etc.

3. Confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

4. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai disse que não ganhará doce, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

5. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente, pois aquela informação, de que droga faz mal, não está gerando conhecimento.

6. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se desistir ou for mal na faculdade.

7. Videogames são um perigo. Os pais têm que explicar como é a realidade. Na vida real, não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

8. Pai não pode explorar o filho por uma inabilidade que o próprio pai tenha. 'Filho, digite tudo isso aqui pra mim porque não sei ligar o computador'. O filho tem que ensiná-lo para aprender a ser líder. Se o filho ensina o líder (pai), então ele também será um líder. Pai tem que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível o pai pagar para falar com o filho que mora longe.

9. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

10. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

11. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que saber qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto que isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

Palestra ministrada pelo Dr. Içami Tiba, Psiquiatra, em Curitiba, 23/07/08. Médico pela Faculdade de Medicina da USP. Psiquiatra pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Membro da Equipe Técnica da Associação Parceria Contra Drogas - APCD.

... e adolescentes sao de Netuno


Se homens sao de Marte, Mulheres sao de Venus e bebes sao de Jupiter, os adolescentes certamente sao de Netuno.

Sao seres COMPLETAMENTE distintos dos demais seres humanos.

Hoje estou com vontade de chorar! E muito!

Tem dias que voce se torna um completo estranho. Como hoje em que voce grita, mede forças, esbraveja e ai eu tenho que impor minha autoridade de mae, mesmo querendo ser uma mae legal.

Sò porque tem 14 anos acha que é dono do mundo, senhor das verdades. Nao aceita regras, nao aceita ordens. E na conversa tambem nao. Hoje voce està no seu dia de rebeldia e isso me magoa tanto, me machuca tanto.

O que voce nao entende é que cada vez que brigo com voce, doi uma parte de mim. Fico me perguntando: onde està aquele meu menino amado, meigo, aquele garotinho que dizia que me amava e que nunca ia me abandonar?

Sempre faço tudo por voce, tudo pela sua felicidade, mas voce nao percebe, nao ve, nao quer enxergar. E quando eu preciso de algo em troca, quando sou eu que peço, voce grita, esbraveja, deixa para depois. Acha que estou sempre protegendo a Luana, quando todo mundo nitidamente ve e comenta que eu protejo mais voce do que ela. Mas voce se julga injustiçado, se acha sempre a vitima de tudo. Eu peço, voce diz nao. Eu mando, voce grita. Eu grito voce reclama. Nao gosto desse ritual. Mas ele acontece sempre.

Onde estou errando com voce?

Deveria ser mais dura? Mais maleavel?

Dificil esse papel de pai e mae onde eu tenho que educar e dar carinho ao  mesmo tempo. Ter que brigar quando quero pegar no colo e somente dizer: Filho, eu te amo.

Fase dificil essa tal adolescencia!!!

Quero que passe logo e voce volte para mim. 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Esse me surpreendeu



E surpreende a cada dia.

Quando contei que estava gravida a reaçao dele foi a pior possivel. No começo eu nem podia comentar sobre a gravidez perto dele que ele simplesmente se retirava do recinto e ia se trancar no quarto.

Aos poucos foi se acostumando com a ideia e eu ouvia as pessoas falarem que quando o irmao nascesse ele mudaria completamente. Confesso que achei sim que ele iria mudar, mas nao completamente.

A reaçao dele na maternidade foi realmente uma surpresa para mim. Ele pegou o Renzo no colo e ficou ali, bobo, olhando para ele com carinha de amor. Por esta eu nao esperava!

E esse amor sò continua, sò cresce. Eu sinto e vejo isso. Todos os dias ele vem dar bom dia para o irmao, brinca e conversa com ele, pega no colo, canta. Quando chega da escola, se eu estou sozinha em casa, ele pega o carrinho e leva para o quarto. A unica coisa que ainda nao fez foi trocar fralda - e eu acho que nao vai fazer nunca a nao ser em uma situaçao de emergencia.

Ele, que reclama de tudo o que peço para ele fazer, nunca reclama quando o asunto é encher a banheira para o Renzo tomar banho. Ai ele tem todo o cuidado de pegar o termometro, medir a temperatura da agua, completar com agua quente ou fria até conseguir a temperatura ideal.

Outro dia brigou comigo porque o Renzo estava chorando e eu nao estava dando de mamar para ele. Detalhe, eu estava passando remedio e nao podia pega-lo naquele momento antes de lavar as maos. Foram apenas alguns segundos de choro do nosso pequeno Principe, mas foi o suficiente para eu tomar uma bronca do irmao dele.

Semana passada o Gui estava com o irmao no quarto e eu estava no banheiro. Ai ouvi um chorinho que passou rapido. Quando sai do banheiro e abri a porta do quarto me deparei com um Guilherme todo atencioso, deitado na cama, com o irmao ao lado, conversando com ele e mantendo-o aquecido para ele parar de chorar.

Pois é, filho. Voce me surpreendeu. Apesar de que eu nunca duvidei da sua capacidade de amar seu irmao, eu nao esperava que fosse tao rapido e tao intenso assim.

Beijos Gui
Amo voce.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Com dor no coraçao


Admito que é com muita dor no coraçao que hoje privatizo todos os blogs. Gosto tanto de compartilhar sua vida - e a minha - com as pessoas de bem.

Encontrei tantas pessoas boas por esta vida, algumas delas nos acompanham. Sem contar que foi com tanta alegria que fiz seu blog. Porque voce é meu filho primogenito e me senti tao realizada ao ver o trabalho terminado.

Mas, infelizmente, nem todas as pessoas querem o nosso bem, nao é?
Por este motivo, resolvi privatizar todos os blogs. E fiz isso de uma hora para outra, sem aviso previo.

E como eu disse, é com dor no coraçao que fecho seu blog para o mundo. Mas faço isso pela saude da nossa familia que é algo tao valioso para nòs.

Beijos Guilherme,
Amo voce.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Adolescencia ou Aborrescencia?


Aproveite bastante seus filhos enquanto são pequenos. Alguma coisa acontece aos 13 anos que eu não sei explicar bem o que é. Até onde eu sei, um dia eles voltam.

Outro dia eu estava assistindo um filme quando vi esta frase. Pensei: - Foi feita para mim - ou por mim.

Està sendo assim aqui em casa - se bem que jà vi e jà soube de situaçoes muito piores.

Tem dias que o Gui està um amor. Tem dias que acorda e nem fala direito comigo. E ai passa o dia todo reclamando como um velho ranzinza - tà, isso eu tenho que admitir, ele sempre reclamou como um velho ranzinza.

Tem dias que acorda, me ajuda a arrumar a casa, me conta do que aconteceu no dia anterior. Tem dias que simplesmente chega da escola, se tranca no quarto e là fica o dia inteiro.

Tem dias que me ama, outros que me odeia. Tem dias que me beija, outros que tenta levantar a voz para mim. Nessas horas tenho que fazer valer a minha autoridade.

Sei que de todas as fases que passamos até agora, esta é a mais complicada. E como eu disse, ainda tenho que agradecer, porque Graças a Deus - e às minhas rédeas curtas - meu filho nao està envolvido com drogas, nem com amizades indesejaveis, nem com nada que eu tenha realmente que me preocupar.

Claro que, como mae, minha anteninha està sempre ligada. Recebo algumas ajudas - ainda bem - da minha irma, minha mae, do meu irmao - que fala sério com meu filho muiiitas vezes - e agora do Cleber tambem. E é muito bom ter alguem ao nosso lado que tambem se preocupa com nossos filhos. O Cleber é assim, tambem fica de olho, tambem cuida, tambem se preocupa. Claro, que na hora da bronca, do castigo, sou eu quem dou. Mas ele me dà uns toques legais. A visao de fora é sempre muito bem vinda e ele me ajuda a enxergar onde sou dura demais e onde amoleço demais.

Infelizmente - para ele - do pai dele, nem cheiro. Se ele quiser saber do pai, ele tem que ligar, porque o pai dele nem discar o numero do telefone do filho consegue. Pula essa parte! Tem dias que eu choro tanto por isso. Outro dia peguei o Gui falando para o amigo dele que gosta mais do pai do que de mim. Geeente.. chorei tanto! O pai dele nao liga, nao ajuda, nao compra nada para ele, nao alimenta, nao esta aqui quando està doente - nem quando nao està - nao é presente, nao cuida, nao orienta, nao educa, nao ensina....

Depois caio em mim. E vejo que é assim mesmo. Para ele, é mais facil gostar de alguem que nao briga, nao xinga, nao dà castigo. Quem sabe um dia ele enxergue todo o amor que tenho por ele e entenda que tudo o que fiz foi por amor.

Afinal, sou dura sim, admito. E quero continuar a ser. Fico de olho, quero saber quem sao os amigos, com quem sai, onde vai. Dou castigo se volta tarde, se passa da hora - mesmo que seja somente 15 minutos - se responde entao... ai sim, o bicho pega.

O Gui està na fase de se afastar, de achar que é dono da verdade, que sabe tudo. Mas um dia, ele vai ver que nao é bem assim. Quando ele vem todo cheio de si, me lembro tanto do meu pai dizendo para nòs - quando éramos aborrecentes tambem - que um dia ainda iriamos olhar para tras e entender que na verdade, nòs nao sabiamos nada. Sentiriamos falta de ouvir e seguir os seus conselhos.

Hoje, entendo perfeitamente o que ele disse. Mas nao tem jeito. Nao tem muito o que fazer, a nao ser controlar, controlar e controlar. Como diz a frase: um dia eles voltam! Basta termos paciencia e persistencia para cria-los sempre no caminho do bem.

Beijos, Guilherme
Amo voce. (Embora voce nao entenda isso as vezes)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eu sou uma mae mà


Mães Más

Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que eles soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar pelas balas que tiraram da mercearia, ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé duas horas junto deles, enquanto limpavam o quarto: tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por eles, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que poderiam me odiar por isso - e em alguns momentos até me odiaram.

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci... porque no final eles venceram também!

E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer, quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: "Sim... Nossa mãe era má! Era a mãe mais má do mundo..."

As outras crianças comiam doces no café da manhã, e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas.

As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvete no almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.

E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora - tocava nosso celular de madrugada. 
Era quase uma prisão; mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que eles faziam.

Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorasse só uma hora ou até menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos que achávamos cruéis.Eu acho que ela dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. 

E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata.  

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham que subir, bater à porta para ela os conhecer.

Enquanto todos podiam voltar à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16 para chegar mais tarde, e aquela "chata" levantava para saber se a festa foi boa - só para ver como estávamos ao voltar. 

Por causa da nossa mãe, nós perdemos algumas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa dela.

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos "Pais Maus", tal como a nossa mãe foi.


Eu acho que é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes "MÃES MÁS".

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mae, quero colo


Hoje o Gui acordou com febre e gripe. Coisa normal, partindo do principio que o moçoilo anda descalço e sem blusa de frio.

Ai, achei melhor ele nao ir para a escola. Ele ficou. Entao, assim, no meio do dia, do nada, ele vira para mim e diz: Mae, quero colo. E se aninhou em meus braços como antigamente.

Absorvi o maximo que pude deste momento - que devo confessar nao durou nem 5 minutos - mas que para mim teve a duraçao de uma eternidade.

Beijos, Guilherme.
Amo voce.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Os anos passam

As primeiras fotos do ano, tiradas sempre a meia noite do dia 01 de janeiro


2000
 
 
2001
 
 
2002
 
 
2003
 
 
2004
 
 
2005
 
 
2006
 
 
2007
 
 
2008
 
 
2009
 
 
2010
 
Os anos passam sim, mas meu amor por voces so aumenta.

Cade o meu bebe?


Inspirada no blog da Paty, senti uma saudade imensa dos meus bebes hoje. Aquele bebe que cabia em meu colo ou na minha barriga quando deitavamos no sofa para assistir televisao.

Cade minha tartaruga ninja que engatinhava pela casa inteira procurando lugares para explorar? Ou meu tiquinho de gente que mal se aguentava nas pernas, mas mesmo assim, fazia força para se manter em pé e dar os primeiros passos?

Onde foi parar o bebe que me olhava com olhos inocentes e via sempre uma heroina.

Cresceu. E se transformou em um garotinho que falava: - mae, mae, mae, mae e mae o dia inteiro.

E um dia ele foi para a escolinha, e um dia foi sozinho brincar com um amiguinho pela primeira vez, e um dia estava na primeira serie, e hoje està na oitava - ou nono ano.

Hoje, nem sempre quando ele sai eu sei onde vai. Ele me diz, é claro, mas quase sempre volta com uma novidade do tipo, passamos na praça para tomar açai.

Meu bebe cresceu e se transformou em um adolescente que as vezes abre a porta da sala e diz: - mae, so vou levar a minha namorada em casa e ja venho. Nessas horas, meu coraçao doi. Doi em perceber que ele cresceu e eu nem vi direito. Tudo passa tao rapido quando se trata de filhos.



Quando sao bebes a gente tem a ilusao de que eles ficarao assim para sempre - ou por muito tempo - mas nao é assim. 14 anos demoram horrores se voce estiver esperando um pedido de casamento, ou trabalhando em um lugar que voce nao gosta muito.

14 anos se passam em um piscar de olhos quando seus filhos crescem.

Os meus cresceram e eu nem vi. E a parte ruim é que eles vao crescer ainda mais. E quando eu menos perceber serao eles que estaram cuidando de mim, porque ja estarei velha e cansada demais para perguntar onde eles vao, quem sao seus amigos, como estao na escola.

Um dia serao eles que irao perguntar para mim onde vou, com quem... exatamente como hoje faço com a minha mae.

O tempo passa para todos. Sò nos resta fazer o melhor para que o tempo que passe deixe somente boas lembranças.

Beijos, Guilherme
Amo voce.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ser mae de adolescente


Nao é facil..
Nao é mesmo!

Tem dias que o Gui està um amor, como hoje que me deu até flores pelo meu aniversario que serà no domingo.



Tem dias, como no domingo passado que fica respondao, brigao, achando ruim com tudo e com todos.

Dificil...

Criança deveria vir com manual de instruçoes, mas acho que mesmo assim ainda cometeriamos muitos erros.

Sei que nao consigo acertar sempre - e seria muita pretensao minha se achasse que poderia. Tento fazer o melhor todos os dias, a cada dia. Nem sempre consigo. As vezes acerto, as vezes erro.

As vezes, os adolescentes precisam de pulso firme. Nessas horas, tento me comportar da maneira correta e doi tanto meu coraçao ter que dizer NAO algumas vezes. Queria tanto poder dizer sempre SIM, mas sei que nao é isso que farà com que ele seja mais feliz. Alias, mesmo que agora ele nao entenda, eu sei que estou fazendo o certo.

As vezes brigo com ele e depois vou chorar escondido no meu quarto. Nossa... acho que todas as vezes que brigo com ele faço isso.

E sei que as vezes ele me odeia. Em outras ele me ama. Como tambem sei que é uma fase terrivel, pela qual eu tambem ja passei.

Sei que vai chegar o dia em que ele olharà para mim e verà que tudo o que fiz, fiz por amor. Que todas as vezes que acertei ou errei, foi por amor. Que todos os NAOS, todas as brigas, todas as reprensoes e todos os castigos, foram por amor.

Amo meus filhos demais. Mais que tudo nesta vida. Nao saberia viver sem eles. Para ser sincera, nem quero aprender. Sao a minha vida, o meu mundo, o meu tudo.

Mas nem por isso posso dizer que nao acho dificil as vezes ser mae.

Na verdade, aprendi ao longo dos anos que ser mae é um aprendizado constante. Ensinamos para eles. Mas aprendemos com eles.

Nao somos donos da verdade.

Serà que ser mae dos outros dois vai ser mais facil que do Gui pelo simples fato de ter passado por isso hà pouco tempo? E se for, serà que o Gui vai achar que amoleci?

Sei que por mais dificil que seja, o Guilherme me ensina todos os dias como ser uma mae melhor. E esse é uma tarefa àrdua, e eu sò espero poder um dia recompensà-lo.

Beijos Guilherme,
Amo voce.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

31 de Dezembro de 2000


Passamos em Caraguá. A primeira depois que a Lua está com a gente.

Um monte de fotos


No zoológico em 98




Itanhaém em 2001

Brincando de Super Homem.
Aliás, quando a mamae comprou essa roupa para mim, eu achei que só porque tinha a roupa eu poderia voar e subi em um lugar alto e ia "voar" da escada. Ainda bem que a mamae me pegou a tempo

No Parque da Mônica


Meu aniversário de 4 anos

Com a mamãe na festinha do Dia das Mães em maio de 2000



Festa Junina.... mas essa nem precisava falar, né?

28 de Janeiro de 2001

23:35
Por Cristiane Fagá


Olhando os dois dormirem percebo que meus filhos são a maior riqueza da minha vida. Percebo que por mais que eu queira alguém em minha vida, jamais serei capaz de amar homem algum com a mesma intensidade que amo meus filhos. E quer saber? Talvez eu nunca mais tenha ninguém para mim, mas enquanto eu tiver os dois, posso até ter momentos de solidão, mas conseguirei superar.

Equanto estivermos juntos, terei forças para tudo nessa vida.

Guilherme e Luana, amo vocês demais.

Luana em minha vida

Mamae está grávida. Fiquei bem feliz, já que fui eu quem pediu para o Papai do Céu colocar um bebe na barriga dela. É uma menina e fui eu quem escolhi o nome: Luana.



Este ano teve apresentação na escolhinha. Eu fui o que dancei mais bonitinho. E não é corujice não. As outras crianças ficavam errando os passinhos. Dessa vez só foi a mamãe. Papai não pode ir.



Passamos o dia 31/12/99 na casa da tia Le. A primeira pessoa para quem a mamãe deu Feliz Ano novo foi para mim. A segunda fui para a Luana, ainda dentro da barriga dela.



No começo eu tinha muitos ciumes da Luana. Mas, quando ela nasceu, no dia 15 de março, o ciumes passou um pouco. Fui a primeira pessoa a segurá-la no colo e isso me tranquilizou. Entendi que ela não estava "roubando" a minha mãe. Na verdade, agora ela era um pedacinho minha também - a minha Pipica - como eu a chamava.




Ajudei muito a mamãe, já que ela quase entrou em depressão. Foi uma gravidez bem difícil. Nos dias que a mamãe passava o dia chorando, ou brigando com a Lua, era eu quem cuidava dela, apesar de ser tão pequenininho.

Mas foi um período muito bom.

Dezembro de 1998



As coisas vao se ajeitando aos poucos.



Fui ao circo pela primeira vez e pedi para a mamae um elefante de Natal.
Disse que a gente podia deixá-lo no quintal, ao lado do tanque.


12 de Maio de 1998



Vovo Armando foi morar com o Papai do Céu.
Que Deus o receba muito bem em sua nova morada.

24 de Novembro de 1997



Mamãe começou a trabalhar. Não gosto de ficar longe dela, mas é preciso.

Depois disso, deixei de escrever no diário do Guilherme. 
A correria do trabalho mudou tudo. 

Em dois meses, eu e ele nos mudamos para um quarto e cozinha com banheiro do lado de fora. Não tínhamos nem televisão. Mas éramos felizes.  

Eu saia de casa as 7h da manhã com o Gui a tiracolo e o deixava na escolhinha, onde só ia buscá-lo as 19h. Chegava em casa fazia janta, lavava e passava roupa, limpava a casa. Enquanto isso o Guilherme brincava ao meu lado. E cantávamos juntos e eu contava como tinha sido o meu dia e ele me contava como tinha sido o dia dele.

Ás vezes eu ficava muito cansada. Mas todos os dias agradecia á Deus a dádiva do meu filho lindo e amado.

17 de Outubro de 1997

Deus, em Sua infinita bondade me deu o maior e mais puro de todos os presentes: MEU FILHO. E todas as noites, quando me deito, mesmo que eu não agradeça com palavras, olho para aquela criatura e agradeço com o amor que sinto o presente mais valioso que Nosso Pai me deu. Nessa criatura encontro forças para viver, para lutar, para esperar pelo futuro. Nessa criatura se concentra todas as minhas esperanças, pois trabalho para dar sustento a ele, vou ao Centro para alimentar seu espírito – e o meu também – de conhecimento e amor. È por esta criatura que luto por um amanha melhor. É por esta criatura que modifiquei meu modo de pensar e agir, meu egoísmo, meu orgulho e minha ambição.

É nesta criatura que encontrei a verdadeira felicidade.


Guilherme, te amo do tamanho do mundo inteiro e muito mais.

05 de Setembro de 1997



Hoje a bisa Alzira faleceu. Difícil isso. Todos em casa ficaram tristes.

30 de Agosto de 1997

Não sei o que fazer. Hoje vi nos olhos do Guilherme o quanto ele gosta do pai dele. Ai me pergunto: será que estou agindo certo? Será que não estou sendo egoísta.

Por outro lado penso: será que ele mudou mesmo ou é só o desespero transformando-o momentaneamente como em todas as outras vezes?

Sempre que estamos juntos vivemos um inferno cheio de brigas, discussões, e até agressões físicas. Não quero o Guilherme crescendo em um ambiente assim.

Quero meu filho vivendo em paz, mesmo que eu tenha que ficar sozinha. Vou pesar tudo e ver o que é melhor para mim e para o Gui.

14 de Agosto de 1997

Ainda estou doente. Faz um mês. Temos ido ao médico quase toda semana.

Essa desidratação me pegou de jeito. Estou a base de liquidos, mamadeiras, papinhas, porque nao tenho vontade de comer quase nada.

Mamãe está bastante preocupada. O vovô também.

Eles ficam se revezando em meus cuidados.

O vovô chora o tempo todo. Principalmente quando tenta me colocar de pé e eu não tenho forças para me sustentar.

Passo o dia todo no colinho do vovô.

Julho de 1997 - Fiquei doente

16/07/97 – Estou doente. Talvez seja sarampo. Fiz um exame para saber

17/07/97 – Não é sarampo. É uma desidratação bem forte.

Abril de 1997

02/04/97 – O vovô fez questão de fazer uma festinha de aniversario para mim. Meu primeiro aniversario. Vieram poucas pessoas, mas eu adorei cantar parabéns. Mas quem ficou mais orgulhoso foi o vovô.


Sabe, o vovô tem outros netos que são filhos dos filhos do primeiro casamento dele. Mas ele não tem muito contato com eles. Então, praticamente, sou seu primeiro neto. O primeiro que ele acompanha o crescimento, o primeiro que ele mima. Então, por isso, já viu, né? Ele fica todo babão. Faz absolutamente tudo por mim. Eu adoro isso.

 06/04/97 – Papai também voltou de Porto Seguro. Disse que não queria ficar lá sem a gente. Ai hoje fomos na Serra da Cantareira. Foi um dia legal.

 21/04/97 – Fui pela primeira vez ao Parque do Ibirapuera. Fomos eu, o papai e a mamãe. Andei de bicicleta na cadeirinha do papai, comi pipoca, algodão doce. Brinquei no escorregador e no balanço. Adorei!

O vovô está me ensinando a fazer xixi sozinho, sem fraldas. Querem saber onde?
Na plantinha da vovó... hi hi hi
Adoooooro!!!!!
É a minha diversao!



Março de 1997

01/03/97 – Aprendi a brindar de “dedinhos”. Adoro isso.

16/03/97 – Aprendi a brincar de “D. Aranha”. Adorei. Fico repetindo a brincadeira o tempo todo.

19/03/97 – Voltamos para São Paulo. Eu e a mamãe. Acho que o papai e a mamãe se separaram de vez, depois de outra briga feia que eles tiveram. Acho que nem Porto Seguro conseguiu fazer eles se entenderem.

25/03/97 – Há há há. Aprendi a andar. Um monte de passos desengonçados e tropeçados pela casa do vovô. Caio bastante, mas levanto sozinho. Não quero que ninguém me ajude.

31/03/97 – Ontem fiz 1 aninho e hoje nasceram meus 6º e 7º dentes. Fico tão chorão nesses dias.

28 de Fevereiro de 1997

Por Cristiane Fagá

O Guilherme tem quase um ano e está muito apegado a mim. Apesar de me desgastar bastante, eu adoro isso. Também somos só nós dois, eu e ele sempre. O pai nunca está em casa. E quando está não fica com ele. Talvez eu nem devesse escrever essas coisas no diário dele, pois um dia eu vou dar esse diário para ele e ele não merece saber da indiferença do pai. Mas às vezes essa indiferença dói tanto que é impossível não colocar no papel.


Mesmo quando saímos juntos, ele nunca pega o Gui no colo. Os hóspedes da pousada sempre brincam, seguram e ficam com o Gui muito mais com o pai dele. O Gui já brinca de “índio” coloca a chupeta na boca da gente, pede água, do jeito dele pede comida, dá beijo, dança e nada disso o pai dele viu ou vê.


Como eu disse, para mim é maravilhoso ter meu filho só para mim. Mas por outro lado, para o Gui não é. Seria bom para ele ter um pai mais participativo. Sei que com tudo isso, temos a chance de cada vez nos tornarmos mais próximos um do outro.

Fevereiro de 1997

09/02/97 – 1º corte de cabelo.


10/02/97 – Tomei meu primeiro tombo. é normal na minha idade. Se quero aprender as coisas, tenho que cair um pouquinho, né?


13/02/97 – Desci da cama sozinho.
Nos mudamos para Porto Seguro – BA, mas continua a mesma coisa. O Ale nunca sai com a gente. Desde o dia que chegamos não fomos a lugar nenhum com ele. Geralmente ele sai sozinho, vai às festas e tudo o mais.


25/02/97 – Aprendi a brincar de ”índio”!

Janeiro de 1996

05/01/97 – Adivinhem só! Falei “mamã” pela primeira vez.


15/01/97 – Fiquei em pé sozinho pela primeira vez.


26/01/97 – Estou ensaiando meus primeiros passos.

Dezembro de 1996

01/12/96 – Terceiro dentinho. Desse jeito eu fico chorão demais.


06/12/1996 – Mamae marcou nossa viagem para dia 15/12. Vamos para Porto Seguro morar com o papai e tentar mais uma vez sermos uma família.


07/12/96 – Falei “papa” pela primeira vez. Pena que ele não estava aqui para ver.


08/12/96 – Olha meu quarto dentinho aparecendo ai.


14/12/96 – Amanhã eu e a mamãe vamos para Porto Seguro nos encontrar com o papai. Vamos tentar ser uma família de novo. Fiquei acordado no colo da vovó até 1h da manha. Era como se eu soubesse que seria a minha ultima noite com eles em muito tempo. O vovô só chora.

15/12/96 – Pegamos o ônibus que nos levarà até Porto Seguro. Uma viagem super cansativa, mas eu não dei o mínimo de trabalho.


17/12/96 – Fui para a praia, mas não gostei muito não.


19/12/96 – Fui a praia com a mamãe. Hoje eu gostei mais. Foi super legal.




23/12/96 – Estou dodói. Tive febre o dia todo.


24/12/96 – Vespera de Natal. A primeira da minha vida. Passamos na Pousada do Nene, com o Jeff, Tereza, Ederson, Michele, David, Denes, Gorg, Edma, e mais um monte de gente. Fui o centro das atenções de todos.


26/12/96 – Minha primeira tatoo. Tirei fotos




29/12/96 – Subi na cama sozinho pela primeira vez. To ficando muito arteiro.

30/12/96 - 9 Meses. Parabéns para mim!!!

 31/12/96 – Final de ano! Festejamos atrás do Trio Elétrico. Eu fiquei acordado até as 2h da manhã e não chorei nem na hora dos Fogos.

30 de Novembro de 1996- Parabens, meu filho

Meu filho, feliz o dia em que você nasceu, o primeiro beijo que lhe dei.
Quantos sonhos realizei.


Meu filho,
Você deveria ser a mais bela
A mais feliz das crianças
O meu mundo deveria transcorrer na alegria
De vê-lo correr, brincar, crescer,
No prazer de educa-lo e torna-lo homem.


Meu filho,
Os anos se passaram, você cresceu
E todos esses anos passados
Você não imagina o que aconteceu.
Eles nos trouxeram alegrias
Mas nos trouxeram tristezas também.
E trouxeram mais dificuldades que imaginei.
É meu filho! É muito árduo educar um filho.


Quero ensina-lo a conduzir-se na vida
Usar a sua liberdade
Ser responsável pelos seus atos.
Quero lhe dar tantas coisas
Que as vezes não lhe dou
O carinho e atenção que devo dar.


Quantas vezes chego em casa cansado
E nem converso ou escuto você.


As vezes descarrego minha zanga sobre você


Quantas vezes quero que você seja perfeito,
Se eu é quem devo dar o exemplo.


Reconheço muitas vezes
Que você está certo em suas atitudes
Mas não me dobro
Por vaidade ou orgulho.
As vezes você só está precisando de mim
E eu nem sequer percebo.


Meu filho, perdoa-me pelos erros que cometi
Tenha certeza que cada erro cometido é reconhecido
E é mais uma experiência aprendida
Um passo a mais no caminho do aperfeiçoamento
É mais um avanço que lhe dou
Para ser o pai que você será para os seus filhos.